Sabe aquele morango do amor da quermesse? Vermelho, doce, coberto por uma casquinha crocante que brilha sob a luz? Pois é. Se alguém me perguntasse como é a minha dança, eu responderia sem pensar duas vezes: é como o morango do amor.
Crocante por fora, entregue por dentro
Dançar, às vezes, parece simples: você vê os passos bonitos, o ritmo encaixado, o giro que termina no tempo certo. Assim como o morango do amor: por fora, é só brilho e pose. Mas por dentro, tem entrega, tem doçura, tem alma crua e coração batendo forte.
Tem que morder com vontade
Não dá pra dançar pela metade, do mesmo jeito que ninguém come um morango do amor com delicadeza demais. É pra se sujar de calda, pra rir quando escorre, pra lamber os dedos sem vergonha. A dança também é assim: quando a gente se entrega, não tem medo de errar ou parecer bobo.
Às vezes gruda no dente, às vezes no coração
Quem nunca dançou e ficou com um passo na cabeça por dias? Ou com aquele abraço do final da música colado na memória? Como o açúcar do morango do amor: algumas danças grudam na gente e a gente nem quer tirar.
É pra quem tem coragem de sentir
O morango do amor não é para os apressados. É pra quem para no meio da festa, respira fundo e escolhe o sabor. Dançar é isso também: parar o mundo por alguns compassos, olhar nos olhos, e se permitir viver aquele momento como se fosse único.
Seja no salão ou na festa de São João, que sua dança seja sempre doce, verdadeira e com aquele gosto de quero mais. Porque no fundo… dançar é só outra forma de amar com o corpo inteiro.